sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Em entrevista exclusiva, Orlando Rollo afirma trabalhar diariamente no CT e participar de 'rachões'


Orlando Rollo fala com exclusividade ao Blog Alvinegro da Vila (Foto: Guilherme Kastner)

Horas antes da maior eleição da história do Santos FC, o candidato a presidente Orlando Rollo falou com exclusividade ao Blog Alvinegro da Vila. Em entrevista, Rollo afirma que se eleito usará a sala da presidência no CT Rei Pelé, que hoje encontra-se vazia, e participará diariamente dos treinos do Peixe, inclusive em 'rachões' com os atletas e membros da comissão técnica, pois alega que é atleta, "diferente dos outros candidatos que estão moribundos". 

- Eu participarei diariamente no CT, na área do futebol. Se perceber que tem jogador fazendo corpo mole nos treinos, vou afastá-los, discipliná-los pessoalmente e solicitarei providências imediatas a comissão técnica. Na Vila Belmiro, o vice Vagner Lombardi cuidará pessoalmente da parte administrativa e financeira, o que não interfere no meu deslocamento durante o dia. Vou em todos os jogos e todos os treinos - comentou o candidato da chapa 3, Pense Novo Santos. 
Rollo também falou sobre a ampliação da Vila Belmiro, novos dirigentes, volta do futsal e futebol feminino além de outros esportes olímpicos, Rei Pelé e o porquê é contra as urnas eletrônicas, relembrando a possível fraude do último sábado (6). Confira abaixo a entrevista na íntegra.

Alvinegro da Vila: Qual a primeira mudança que fará logo que entrar no Santos? 
Orlando Rollo: A segunda coisa será reunir a equipe para montarmos um time competitivo, visando a conquista do Campeonato Brasileiro 2015. Paralelamente o planejamento de ampliação da Vila pra inaugurar em 2016 no centenário da Vila Belmiro.
AV: E a primeira, Orlando? 
OR: Vamos defenestrar os ratos que hoje assolam os porões da Vila Belmiro. 

AV: Você tem um projeto de ampliação da Vila Belmiro que inclusive tramitou na Câmara de Santos, quando assumiu a vereança. Qual o ideal para o estádio e onde mandará os jogos durante esse tempo? 
OR: O ideal é de 45 mil pessoas, mas no momento é inviável por diversas questões técnicas. Portanto, trabalharemos objetivamente com uma ampliação entre 25 e 30 mil pessoas, para ser entregue no centenário da Vila Belmiro, em 2016, pois é o mais adequado no momento. Especificamente, vamos subir a parte do portão 7/8 e defenestrar o excesso de camarotes e setores VIPs do pavimento térreo. As duas ações imediatas, proporcionarão o aumento efetivo do Estádio Urbano Caldeira. Mandaremos jogos principalmente em São Paulo, no Pacaembu, mas também jogaremos em locais onde temos bastante torcedores, como no ABC, interior de SP e algumas cidades do Paraná, por exemplo, Londrina e Maringá. Podemos também fazer parceria com a Portuguesa Santista para que alguns jogos menores e em dias de semana, joguemos no Ulrico Mursa, como já aconteceu anteriormente, enquanto a Vila Belmiro estiver em obras.

AV: E a parte de segurança destinada aos bombeiros?
OR: Na nossa gestão quem vai mandar na Vila Belmiro é o Santos. O corpo de Bombeiros tem que se preocupar em apagar incêndios. Nós pretendemos colocar segurança particular dentro do estádio, com treinamento adequado, e a polícia vai cuidar da segurança externa, pois é um contra-senso deslocar policial pra trabalhar em estádio de futebol, já que a criminalidade cresce a cada dia. O clube precisa pagar pela segurança da PM. Então, já que tem que bancar, que pague uma segurança particular especializada, sem onerar o serviço da Polícia, que são convocados para trabalhar nos estádios em suas folgas e acabam descontando no torcedor.


AV: E se der problema como o confronto entre torcidas do Atlético-PR e Vasco na última rodada do Brasileirão de 2013?
OR: A diferença é que naquele episódio não havia a quantidade de segurança mínima exigida. Em nossa gestão, colocaremos mais profissionais e amplamente capacitados. 

AV: O seu plano de governo fala sobre a volta do futsal, futebol feminino. Segundo fontes, você terá times na NBB e na Super Liga de Vôlei. É possível inscrever o clube em ligas já para 2015? 
OR: Com certeza. Não só essas como outras modalidades, pois entendo que traz visibilidade ao Santos e se bem administradas, lucro ao clube. Em algumas ligas, pelo que estudei, já seriam possíveis ano que vem. Em outras, apenas em 2016.

AV: Em entrevista você já deixou claro que demitirá Enderson Moreira. Já tem contato fechado com um novo treinador? Existem fontes que os seus gerentes de futebol seriam Jamelli, José Calil ou Paulinho McLaren. Já há algo definido?
OR: Eu prefiro um treinador de renome internacional, mas avalio com bons olhos alguns nomes do mercado brasileiro. O técnico tem que ser consagrado com bom comando sobre os atletas. Em relação aos gerentes, os três são excelentes nomes e conheço o trabalho deles, pois são do meio futebolístico e tem identidade com o clube, preenchendo os nossos requisitos desejados. 

AV: Qual a alegria ao ver que ídolos do Santos como Giovanni (G10) e Paulinho McLaren declararam publicamente apoio a sua chapa? 
OR: Fiquei muito contente com os apoios de grandes ídolos. Nós temos uma meta que é valorizar todos os ídolos, exaltando suas memórias.  

AV: No último sábado houve uma enorme confusão na eleição do Santos, tanto com urnas eletrônicas ou cédulas. Por que você é a favor das cédulas? 
OR: Sou favorável sim ao uso das cédulas para adiantar o trâmite da eleição, pois esse voto eletrônico vai dar problema. Todo mundo acha que as urnas são confiáveis e não são. Diferentemente das urnas, em tese, confiáveis do TSE, as urnas do Santos são computadores caseiros, domésticos, adaptados em forma de urna eletrônica, ou seja, são facilmente manipuladas. Não descarto ter ocorrido fraude sábado passado. Portanto, para maior lisura no pleito, o voto tem que ser no papel, assim como em outros países, como por exemplo nos Estados Unidos, Japão, entre outros.

AV: Deixe sua última mensagem ao associado e torcedor do Alvinegro da Vila Belmiro.
OR: Peço que os eleitores compareçam, mesmo desanimados pela bagunça do último sábado, para que dentro do espírito democrático, escolham o novo presidente.

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